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sexta-feira, 12 de abril de 2013

A História da Clarinha...

Estamos acompanhando aqui na Holanda a triste história do garoto de 9 anos, de origem turca, que foi adotado quando criança por um casal de mulheres que hoje precisam viver escondidos porque a "mãe" biológica, turca, de religião islâmica descobriu a orientação sexual da família adotiva e agora, depois de 9 anos está querendo o menino de volta. 
Tal postura, estremeceu as relações políticas entre os dois países, uma vez que na Turquia a homossexualidade está bem longe de ser aceita, enquanto que a Holanda foi o primeiro país no mundo que legalizou o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo.

Enquanto aqui esperamos para ver como vai terminar essa história, o Blog foi até o Norte do Brasil para contar a história de uma menina chamada Maria Clara, que para nós mamães, podemos chamá-la de Clarinha... 

Clarinha foi adotada quando bebê, por um casal de duas mulheres, a Assistente Social Mônica Azevedo e a Esteticista Jully Reis, as quais  foram as primeiras no Norte do País a terem do direito de ter o nome das duas mamães no registro de nascimento da criança. 
Hoje, com 4 anos  de idade,  a menina estuda no turno da tarde cursando o Jardim II, que segundo informação da mamãe Monica, deveria está no Jardim I, porém foi adiantada devido sua maturidade cognitiva observada pela escola. Pratica Natação e capoeira pela manhã e ainda tem aula particular para fazer os deveres de casa, visto que as mamães além de trabalharem em suas profissões, Monica é funcionária pública do Estado do Pará e Jully proprietária de um centro de estética, também trabalham em uma Comunidade Terapêutica que trata dependentes alcóolicos e químicos, portanto, o tempo que sobra é só para se divertir com a filha. 


Corujas como toda mamãe, elas observam a Clarinha como uma criança muito brincalhona, travessa, bastante sociável e dona de uma inteligência e espiritualidade elevadíssimas. Sabe que tem duas mães e que ama ter duas mães. E para quem defende a presença paterna no desenvolvimento infantil, Clarinha espôntaneamente elegeu dois tios para ser seus dois pais, portanto de pais ela vai muito bem, obrigada! 

O futuro de Clara, com certeza seria outro se no meio do caminho não tivesse encontrado o amor de Monica e Jully,  quando questionadas se a criança sente-se diferente pela família que constitue, a resposta é bastante coerente ;' Ela não se sente diferente, porque ela tem o mesmo que as outras crianças com as quais ela convive tem, que é amor, carinho, afeto, condição digna de moradia, educação, lazer, esporte... enfim ela tem tudo que as demais crianças tem, e criança só se sente diferente quando não tem o que precisam ter para crescerem adultos seguros e felizes.'

'Desejamos  que ela seja um ser humano íntegro, responsável, capaz, feliz e livre de amarras.
Ela tem limites, não pode fazer o que quer, mas não vemos isso como restrição e sim como coerência no processo educativo, para que não seja um adulto voluntarioso e egocêntrico.'



Baseado na história da Clara, alguém ainda duvida que o  ambiente familiar harmonioso, saudável tem haver com oreintação sexual?  Pelo contrário, isso só faz comprovar o que já dizia o mestre Piaget, o desenvolvimento cognitivo da criança está diretamente ligada com as questões afetivas, emocionais que a criança recebe diariamente por parte da família. Independente de modelo familiar, se existe respeito, segurança e amor, não precisa de mais nada.


Para quem desejar conhecer o trabalho do grupo terapêutico aqui citado é só clicar no link abaixo: 

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