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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Distância, Sim! Ausente, Jamais!

A distância é capaz de transformar qualquer relação, as vezes afasta, outras vezes aproxima... As vezes a confiança é testada quando se trata de uma inevitável distância geográfica entre um casal, por exemplo... .
Mas embora seja um "problema", a distância não significa ausência. Assim como está perto  de alguém não significa está presente!

Confesso que eu aprendi a lidar com a distância. Durante muito tempo eu ouvia do meu marido, você está aqui mas age como se estivesse no Brasil... fala Português em casa, sabe melhor o que acontece no Brasil do que qualquer outro brasileiro (e eu sou o que???).. Assumo! Eu havia saído do Brasil, mas o Brasil não havia saído de mim... ou melhor, ainda vive em mim, mesmo que cada dia eu me envolva mais e mais com a vida e a cultura holandesa.
Para mim foi como se eu tivesse nascido de novo, tive que esquecer tudo que havia aprendido ao longo de toda minha vida  e reaprender a fazer tudo novamente. Começando por aprender a falar... No início falava a somente português com o Andries filho, (Johann na época não era nascido)  por orientação da pediatra que dizia ser importante ele se acostumar a transitar entre os dois idiomas  e com meu marido, falava Inglês pois tinha vergonha de falar em holandês e virar piada dentro e fora de casa... pois trata-se de uma lingua muito complicada, até hoje cometo gafes, digamos assim, linguística ... foi doloroso deixar o orgulho de lado e enfrentar meu novo idioma e assim me distanciei do Inglês. E vocês podem  perguntar mas e o  Português???? também ficou distante?? é impossível, jamais! embora  confesse que as vezes me fujam algumas palavras...

Do Brasil ainda tenho muito forte, sabores, cores, perfumes, lugares, o sotaque e gente, tem muita gente que levo comigo para onde quer que eu vá, eles são os meus sois, brilham para mim, me aquecem, me confortam mesmo não sabendo que o fazem. Assim como o sol em relação ao planeta Terra, cuja distância é fundamental para o total sucesso da  existência humana, o que já não acontece com os planetas Mercúrio e Vênus por conta da proximidade....

A distância geográfica, que outrora  me machucou, me fez sofrer, que durante muito tempo foi sinônimo da palavra SAUDADE... agora me fortalece, me renasce de dentro para fora, pois me obrigou  a um mergulho interior o que me fez descobrir que ela, a distância, não é a responsável  em separar as pessoas, como assim julgava. Compreendo que as pessoas seguem seus próprios caminhos sem necessariamente estarem distantes uma das outras...
A saudade foi substituída pela palavra AMOR... a distância vem me mostrando que ela é responsavel em transformar os sentimentos, porém jamais responsável pela separação... Só o Amor atravessa fronteiras, só amor busca caminhos que aproximam e reaproximam, só o amor nos mostra soluções cabíveis para abrandar a ausência... A distância não é e nunca será desculpa para nos separar de quem amamos... a distância seja ela qual for não é páreo para o Amor! 




Dedico esse post à minha mãe, cuja distância nos aproximou como mãe e filha.
À minha amiga Tânia Colares que assim como minha mãe, está também distante da filha Nayana e do meu amigo Pred, ops! Daniel Colares,
e a todos que encontram-se distantes de quem amam!



3 comentários:

  1. AMEI!!!! O meu processo não foi tão radical no sentido, de ter que me adaptar a uma cultura tão diferente, nem à língua, amiga. Mas, te entendo perfeitamente! E viva o Amor que sempre nos aproxima!!! Bençãos!!

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    1. Viva, viva! Viva o amor.... vc se identificou no texto?????? vc, amiga Adelá tb é um dos meu "sois"! Obrigada pela amizade....bjs

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  2. ownnnn!!! Sou abençoada por isso! Claro que me identifiquei, se colocar aberta pras mudanças de costumes é ultra fundamental e fazer o equilíbrio como que somos, né?! :D

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